"É melhor se sofrer junto que viver feliz sozinho", diz um questionável trecho da canção Tomara, de autoria do poeta Vinícius de Moraes. Infelizmente, o verso faz parte da vida de várias de nós. Mulheres que, apesar de saber da possibilidade de ficarem de bem com a vida sem namorado ou marido, preferem investir numa relação no qual não existe um pingo de amor ou paixão. No fim das contas, seguem à risca a letra da música e se mostram mais dispostas a sofrer junto em vez de buscar sós a verdadeira felicidade!
Exagero? "Muitas mulheres se relacionam com uma fantasia, com a idealização do parceiro, e não com a realidade do casa", explicou, em entrevista exclusiva à Viva!, o escritor norte-americano Steven Carter, autor de Homens Gostam de Mulheres que Gostam de Si Mesmas (Ed. Sextante R$ 19,90). Isso significa não só compartilhar os dias com um homem aquém das expectativas repetindo mentalmente as qualidades do moço para se convencer dos prós dessa união , mas também estar com ele apenas pelos "benefícios" (de cunho social ou puramente imaginários) de ter um companheiro. Uma dessas vantagens, por exemplo, seria diferenciar-se de uma colega solteirona, a "encalhada" da turma. Acompanhe então alguns motivos que aprisionam milhares de pessoas em uma espécie de infelicidade voluntária.
Afinal, onde mora o perigo?
· Nas percepções equivocadas, tipo "as comprometidas são mais felizes" ou "solteiras vivem em busca de um parceiro". Elas alimentam a idéia de que estar com alguém assegura sorriso no rosto. Companheiros não estão na lista dos supérfluos, mas passam longe de ser garantia de alegria irrestrita e infinita! Algumas mães contribuem para perpetuar o lema "toda mulher precisa se casar". Mas lembre-se: elas pertencem a outra geração. A nossa, felizmente, é mais libertária em relação às escolhas pessoais do sexo feminino.
· Na incapacidade de ser autosuficiente. Certas pessoas não são elas mesmas, mas o retrato de sua profissão, do local onde moram, das amizades e, claro, do seu companheiro. Assim, se algum dia são demitidas ou terminam a relação, perdem a identidade. "Ao supervalorizarem o status proporcionado por esses títulos, minimizam o vazio das relações superficiais", diz Steven Carter. Por isso, independentemente do parceiro, as mulheres continuam a ser elas mesmas, repletas de defeitos e qualidades!
· No medo de ficar sozinha. Não há pesquisas indicando quantos homens se interessam por uma mulher no decorrer da vida dela, mas certamente a quantidade supera... um. Mesmo em um relacionamento saudável, essa não é a única chance de realização de alguém no amor. Agora imagine quando ela está mergulhada em uma relação longe da ideal ou, pelo menos, satisfatória e prazerosa. Não se esqueça: somos responsáveis por nossa felicidade!
Fonte: Portal M de Mulher/Conteúdo Viva!Mais.
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