terça-feira, 28 de junho de 2011

Camisinha mais atraente

Ainda há muita resistência ao uso da camisinha, tanto da parte dos homens como das mulheres. Os argumentos mais frequentes alegam que ela “corta o clima erótico no momento da colocação” e “reduz as sensações”. Estas limitações psicológicas, eróticas e sensoriais induzem ao mau uso do preservativo, como a colocação um pouco antes da ejaculação. Esta situação expõe os parceiros a consequências sérias, como gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis.

Nós, sexólogos, recebemos em nosso consultório e também pela internet diversas dúvidas sobre este assunto. Muitas pessoas têm consciência de que precisam mudar e aprender desfrutar da sexualidade de forma responsável.


É quando entra em cena o conceito de erotizar a camisinha. Se o homem coloca a camisinha sozinho antes da penetração, enquanto a parceira a observa passivamente a situação, sentirá que a interrupção pode desconcentrá-lo a ponto de perder a ereção. A proposta então é brincar: transforme o momento em um jogo interativo e erótico, com a participação de ambas as partes. Colocar a camisinha a dois, usar a boca, acariciar-se, expressar o desejo por meio de olhares sugestivos, brincar com cenas visuais que envolvam o preservativo... as opções são tantas quantas a imaginação  permitir.

Resolvendo a questão do “corte de clima”, resta o problema da redução da sensibilidade. A tecnologia de fabricação de preservativos tem evoluído de forma notável, e existem no mercado modelos extra-finos, com lubrificantes que produzem sensação de calor, com rugosidades externas para aumentar o prazer do casal, entre outras variedades.

De qualquer forma, parece-me fundamental a necessidade de ampliar as sensações, no caso das pessoas que têm menos sensibilidade usando preservativo. O prazer do ato sexual não deve se centrar exclusivamente nos genitais. Dispomos da pele toda para sentir sensações prazerosas, outros quatro sentidos, o efeito erotizante das palavras, os olhares, os gestos… Quanto maior a diversidade de canais sensoriais que usamos para receber prazer, menos dependeremos de estímulos específicos.

Fonte: Discovery brasil/ Sexo.

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