segunda-feira, 13 de junho de 2011

Pratique você também Arte Burlesque

O Burlesque, arte que começou no século 19 e sofreu muitas mudanças ao longo dos anos, hoje recebe o nome de burlesco e chega ao Brasil mostrando que qualquer mulher pode unir música, sensualidade e humor sem precisar ficar constrangida.
Inaugurado em 2001 no Tatuapé, São Paulo, e transferido para o bairro Vila Mariana em 2005, o Shaide Halim Estúdio de Dança traz um pouco dessa arte e, apesar de ser um local direcionado ao desenvolvimento de bailarinas, com um trabalho voltado para a formação profissional, existem espaços voltados para quem quer apenas desenvolver um novo hobby.


Shaide Halim, proprietária do estúdio também conhecida por Lady Burly, conta que as aulas de dança burlesca são desenvolvidas por meio de coreografias completas, para que todas já se sintam dançando desde o primeiro dia de aula. E acrescenta: "Além da sequência de movimentos, também trabalhamos a expressividade com exercícios para que as alunas vençam a timidez e a vergonha de mostrar o corpo. Também explicamos dicas importantes para a dança, como o tempo certo para desenvolver a performance, a hora certa de tirar cada peça de roupa, a escolha musical, a criação do personagem e as melhores maneiras de conduzir o show sem se ‘enroscar’".


A arte desenvolvida para qualquer tipo de mulher não impõe limite de idade para quem quer começar, mas vale lembrar que só podem ser feitas por maiores de 18 anos, por questões óbvias. "Não existe nada que impeça uma mulher de frequentar as aulas ou mesmo de fazer uma apresentação profissional de dança burlesca, seja por conta da idade ou biótipo. Inclusive, temos a dançarina norte-americana, a Tempest Storm, com mais de 80 anos, ainda na ativa", lembra Lady Burly. "Muitas alunas chegam à sala de aula com o argumento de que não sabem dançar, mas isso é ensinado no curso e cada uma vai desenvolver seu próprio estilo de acordo com as suas possibilidades e gostos pessoais", conta.


Vale lembrar que a dança burlesca trabalha com uma forma bem mais leve de erotismo que o striptease tradicional. No caso do burlesque, a brincadeira é exatamente não mostrar tudo, deixando um clima de "quero mais" na plateia. Porque, além de tirar a roupa, a arte envolve a dança, a sensualidade e trabalha o lado cômico, que se torna um bom aliado para tornar a performance mais suave.

"A maioria das alunas já chega à escola anunciando que é tímida. Cada pessoa tem o seu tempo e, durante o curso, vai descobrindo seus limites e se soltando aos poucos. Quando subimos no palco, deixamos de ser nós mesmas e nos tornamos um personagem, e isso já faz com que a timidez desapareça", comenta Lady Burly. "Enquanto praticamos as aulas, vamos descobrindo que não é tão difícil quanto parece. Aprendemos a forma certa de tirar a roupa, descobrimos nosso estilo e, mais que isso, percebemos que podemos ser bonitas e sensuais, independentemente da nossa altura, peso ou idade", completa.

A dançarina revela que a naturalidade é o caminho da sensualidade. O jeito é buscar sempre o próprio caminho, sem uso de fórmulas mágicas e padrões prontos. A única recomendação é que as mulheres não ultrapassem seus limites, já que o que é sensual para um pode não ser para o outro. Além disso, jamais será possível agradar por completo.
Vale sempre fazer algo que é confortável, para que a performance não se estrague. Nada de retirar roupas a mais ou escolher uma música que não combina com você. No restante, o burlesque é muito aberto e é possível explorar um vasto repertório de movimentos, estilos musicais e personagens, sem deixar de lado o mistério.

"Não adianta tentar ser a Dita Von Teese (famosa dançarina norte-americana de burlesque), classuda e blasé, se a sua sensualidade aparece muito mais quando você transforma a sua dança numa brincadeira cômica. O trabalho leva tempo, mas no final das contas, dá um resultado fantástico e traz muito mais confiança para a mulher", finaliza a profissional.


Fonte: Vila Mulher/Amor e Sexo.   

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